segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Aumenta expectativa de vida entre mulheres de 50 ou mais anos

Genebra, 2 set (EFE).- A esperança de vida das mulheres de 50 anos ou mais aumentou nas últimas décadas, principalmente nos países desenvolvidos, o que  aumenta a diferença entre elas e as dos países com menos recursos.

 Pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicaram neste domingo os resultados de um dos primeiros estudos sobre as causas de morte das quinquagenárias em um amplo leque de países. Atualmente, menos mulheres nos países desenvolvidos nessa faixa etária morrem por doenças cardiovasculares (cardíacas e derrame cerebral) e câncer do que há trinta anos, o que aumentou sua esperança de vida.

 Nos países em desenvolvimento também aumentou a esperança de vida, mas o estudo comprovou que as mortes por essas causas estão acontecendo com mulheres mais jovens. Alguns dos progressos mais significativos foram identificados no Chile e Japão, onde a esperança de vida do grupo aumentou 6,3 e 6,9 anos, respectivamente

. Desse aumento, 2,5 anos corresponderam unicamente às melhoras na prevenção, detecção e tratamento das doenças cardiovasculares e diabetes no caso do Chile, e 3,5 anos no do Japão. Com este resultado, o Chile, e também é o caso da Polônia, se unem aos países de bons índices de redução da mortalidade em mulheres com meio século de vida.

 Para as brasileiras de 50 anos, o aumento na esperança de vida foi de 1,9 ano, embora o resultado mais representativo no caso brasileiro seja a melhora em ritmo acelerado em faixas etárias mais avançadas.

 Outros países com progressos significativos são: Nova Zelândia (5,6 anos), Reino Unido e Alemanha (5 anos), França (4,8) e Grécia (4,3). Neste último caso, o organismo alerta que os dados colhidos não podem refletir o impacto da crise econômica que sofrem os gregos e dos consequentes cortes nos serviços de saúde e diminuição dos recursos da população.

 Ao analisar os resultados, o diretor do Departamento de Envelhecimento e Ciclo de Vida da OMS, John Beard, disse que para diminuir a distância entre os países desenvolvidos e os outros, é preciso reagir mudando a exposição das mulheres nos primeiros estágios da vida aos fatores de risco. "Isso é essencial principalmente em relação com a saúde sexual, ao tabaco e ao uso nocivo do álcool para reverter a epidemia de doença crônicas", disse.

 Métodos eficazes recomendados por Beard são a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento da hipertensão arterial, da obesidade, do colesterol alto, assim como a detecção e tratamento do câncer. 


da redação Maria Helena Araújo/jornalista/fonte R7 Saúde

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