quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Caso Joaquim: superdosagem de insulina provoca tremores, coma e pode levar à morte



Após o encontro do corpo do menino Joaquim Ponte Marques, de três anos, a polícia passou a investigar a hipótese de que a criança tenha recebido uma superdosagem de insulina. Marques era portador do diabetes tipo 1. Segundo o presidente da Adiabc (Associação de Diabetes do ABC), Márcio Krakauer, a aplicação de insulina além da quantidade pode levar à morte por falta de açúcar no sangue (o problema é chamado tecnicamente de hipoglicemia).

— Os sintomas são tremor, suor frio, comportamento alterado. A pessoa pode entrar em coma. Os efeitos demoram de 30 minutos a duas horas. Tudo depende do tipo de insulina usada, se é de absorção rápida ou lenta.

De acordo com Krakauer, 30% a mais de insulina no corpo já podem causar problemas. Água com açúcar, suco de laranja ou algum alimento doce podem reverter o quadro de hipoglicemia.


A falta de insulina, porém, também pode levar à morte. De acordo com o médico, sem o hormônio, o corpo não consegue usar a glicose como energia, desencadeando um quadro de cetoacidose diabética.

— Nesse caso, demoraria de um a dois dias para a pessoa morrer. O paciente entraria em coma por causa da hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue). Antes, surgiriam sintomas como desidratação, olhos fundos, respiração rápida, dor abdominal, enjoo, náusea e vômito.

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 é geralmente diagnosticado na infância ou na adolescência e representa 10% de todos os casos da doença. Como o pâncreas não produz insulina, é preciso administrá-la por meio de injeções diárias do hormônio. Além do medicamento, a prática de atividade física e uma alimentação balanceada também fazem parte do tratamento, reforça Krakauer.

— A maioria dos casos de diabetes é caracterizada como tipo 2. A doença costuma dar os primeiros sinais depois dos 40 anos, em indivíduos sedentários e bem acima do peso. Os quilos extras fazem com que o corpo não utilize a insulina de forma correta. Essa situação é chamada de resistência à insulina.



da redação Maria Helena Araújo/jornalista/fonte/ R7 Saúde

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