Cientistas do National Institute of Mental Health (NIH) mapearam 180 diferentes subdivisões do cérebro humano na
região do córtex - camada mais externa do órgão dos vertebrados. Esse
número é duas vezes maior que o confirmado atualmente.
Além disso, eles desenvolveram um programa para detectar a “impressão digital” de cada uma dessas áreas descobertas.
"Estes novos insights e ferramentas devem ajudar a explicar como nosso
córtex evoluiu e o papel de suas áreas especializadas em saúde e doença,
e poderia, finalmente, ser uma promessa para se ter precisão sem
precedentes nas cirurgias do cérebro e trabalhos clínicos", disse Bruce
Cuthbert, diretor interino do NIH, que co-financiou a pesquisa.
O novo estudo identificou 97 novas áreas do córtex, além de confirmar
83 que já haviam sido detectadas. David Van Esse e Matthew Glasser, da
Universidade de Washington, junto com colegas de outros seis centros de
investigação publicaram as descobertas na revista “Nature” desta
quarta-feira (20).
As pesquisas anteriores que mostravam a organização do córtex utilizavam apenas uma base de medida, como examinar o tecido do cérebro após a morte com o microscópio. Esse tipo de análise gerou, algumas vezes, comparações instáveis da imagem do cérebro humano, de acordo com pesquisadores.
As pesquisas anteriores que mostravam a organização do córtex utilizavam apenas uma base de medida, como examinar o tecido do cérebro após a morte com o microscópio. Esse tipo de análise gerou, algumas vezes, comparações instáveis da imagem do cérebro humano, de acordo com pesquisadores.
"A situação é análoga à astronomia, em que telescópios terrestres
produziam imagens relativamente obscuras do céu antes do advento da
ótica adaptativa e telescópios espaciais", disse Glasser, o principal
autor do estudo.
A equipe dessa pesquisa usou técnicas mais precisas para entender as
características da arquitetura cortical, atividades, conectividade e
topografia de 210 indivíduos saudáveis. Mesmo que a minoria dos
indivíduos tenha apresentado áreas atípicas na região analisada, o
método foi capaz de fazer o mapeamento com sucesso.
De acordo com Essen, a nova ferramenta pode ajudar a descobrir outras subdivisões de distintas áreas do cérebro.
De acordo com Essen, a nova ferramenta pode ajudar a descobrir outras subdivisões de distintas áreas do cérebro.
Maria Helena Araújo/jornalista/fonte Bem Estar
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